Grêmio volta a ser cobrado por calote milionário: “Faz o PIX”

O Cascavel voltou a cobrar o Grêmio pelo pagamento dos valores referentes à venda do meio-campista Bitello para Dínamo Moscow, da Rússia.

A transação aconteceu em setembro de 2023. Os russos pagaram 10 milhões de euros, cerca de R$ 52 milhões, na cotação da época, pelo então destaque do Tricolor Gaúcho. O Cascavel, clube formador de Bitello, detinha 30% dos direitos econômicos.

“O Grêmio ainda não efetuou o pagamento devido a Serpente. Vale lembrar que o Tricolor Gaúcho já recebeu integralmente o valor da venda do atleta Bitello ao Dínamo de Moscou”, diz trecho da nota publicada pela Serpente nesta quarta-feira (28).

“Esse recurso é fundamental para garantir a saúde financeira do nosso clube. Estamos aguardando um posicionamento do Grêmio. Inclusive, o telefone da nossa secretaria está disponível no site”, reforçou o texto.

“É só ligar… ou, quem sabe, abrir o aplicativo do banco e fazer o PIX!”, provocou ainda o Cascavel.

O clube do interior ainda lembrou a recente punição da Fifa ao Lyon, clube que pertence ao empresário John Textor, mesmo dono do Botafogo.

A equipe francesa foi proibida de registrar novos jogadores devida a uma dívida de R$ 12 milhões relacionada a uma transferência.

“A sanção poderá ser revertida assim que a dívida for quitada ou caso a Fifa revogue a punição após a conclusão dos trâmites necessários. Por aqui, seguimos no aguardo. O Grêmio ainda não efetuou o pagamento devido à Serpente”, completa a nota.

O Cascavel já havia cobrado o Grêmio publicamente em dezembro do ano passado. De acordo com o clube, o Grêmio já teria recebido o valor integral da transação com o clube russo, mas mesmo assim estaria se recusando a pagar a parcela devida ao Cascavel.

Ainda segundo o Cascavel, para receber a primeira parcela de R$ 10 milhões a que tinha direito, o clube teve que acionar o Grêmio na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Ainda de acordo com a Serpente, o Grêmio ainda deve R$ 4 milhões, além de juros e multa. “O Tricolor Gaúcho não nega a dívida, mas não paga o valor devido ao Cascavel”, prossegue a nota oficial dos paranaenses.

Também em dezembro do ano passado, em resposta ao Cascavel, o Grêmio afirmou que aguarda a decisão da CNRD para efetuar o restante do pagamento devido ao Cascavel pela venda de Bitello para o futebol russo.

Em resposta ao jornal de Porto Alegre, Zero Hora, a equipe gaúcha afirmou que “tentou, várias vezes, negociar condições de pagamento mais favoráveis. O Cascavel negou e ingressou na CNRD da CBF”.

“Neste caso, a única alternativa é aguardar a decisão para tratar do pagamento”, completou o clube.

Esta não é a primeira vez que o Grêmio é acusado por um clube paranaense de não pagar o que deve. Em janeiro de 2023, o Foz do Iguaçu também acionou o órgão da CBF para cobrar valores da venda do atacante Pepê para o Porto, de Portugal.

Revelado pelo Foz, Pepê foi negociado pelo Tricolor Gaúcho em 2021, por 15 milhões de euros, cerca de R$ 98 milhões, na cotação da época.

O Foz tinha 30% dos direitos econômicos de Pepê. No entanto, sem receber o valor total a que teria direito na transação para o futebol europeu, o clube paranaense também teve de acionar a CNRD.

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